Abono salarial: governo considera que 25,8 milhões tem direito em 2025 1k5w5m
O benefício é classificado como um gasto obrigatório, ou seja, que só pode ser alterado ou extinto mediante Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 681y71

Foto: Marcelo Camargo
O governo federal considera que 25,8 milhões de trabalhadores terão direito a receber o abono salarial em 2025. A informação consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviada ao Congresso Nacional na semana ada.
O benefício está na Constituição e prevê pagamento de até um salário mínimo (R$ 1.412) por ano a trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.428, pelo valor atual).
Para receber, é necessário que o trabalhador:
- tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior;
- estejam cadastrados no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos.
O abono salarial é alvo de críticas por alguns economistas, por conta de seu alto custo - projetado em R$ 30,6 bilhões em 2025 - e por não ser focado na parcela mais pobre da população.
Projetos desse tipo têm uma tramitação mais extensa e precisam de mais votos de deputados e senadores para serem aprovados.
Se encerrado o benefício, o espaço liberado para outras despesas superaria R$ 300 bilhões em dez anos – pois o valor é corrigido anualmente.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que há discussões dentro do governo sobre eventuais aprimoramentos no abono salarial, mas não sobre sua extinção.
Sem espaço no orçamento
A avaliação de analistas é de que a limitação ou o fim do abono salarial ajudariam a evitar a compressão dos gastos livres dos ministérios. Entre esses gastos livres, estão: luz, telefone, bolsas de estudo, fiscalização ambiental e do trabalho e emissão de aporte.
Sem limitação de despesas obrigatórias, o Tesouro Nacional espera que os gastos livres dos ministérios não tenham mais espaço a partir de 2030.
A explicação é que o arcabouço fiscal – as novas regras para as contas públicas, aprovada pelo Congresso Nacional no ano ado – fixou um teto para as despesas do governo federal.
Elas não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação (foi proposto um intervalo de alta real de 0,6% a 2,5%).
Estudo da Consultoria de Orçamento da Câmara mostra que, entre 2009 e 2016, antes do teto de gastos, as despesas totais do governo (sem contar o orçamento financeiro, da dívida pública) cresceram em média 4,6% ao ano em termos reais (acima da inflação). Ou seja, acima do limite de 2,5% em termos reais da nova regra fiscal. Isso porque despesas previdenciárias, por exemplo, sobem mais do que 2,5% por ano.
Por conta do limite de gastos do arcabouço fiscal, economistas avaliam que é importante cortar despesas obrigatórias, por meio de mudanças em leis, para evitar que os gastos livres dos ministérios fiquem sem espaço com o ar do tempo, e também para ajudar a cumprir as metas fiscais.
Notícias Relacionadas 4m331n
- Por REDAÇÃO
- 13/06/2025
BNDES e Finep selecionam 56 projetos para minerais estratégicos 512s4p
Minérios são fundamentais para baterias e motores elétricos
- Por REDAÇÃO
- 13/06/2025
MP alternativa a IOF prevê R$ 4,28 bi de corte de gastos em 2025 1349t
Em 2026, economia está estimada em R$ 10,69 bilhões
- Por REDAÇÃO
- 13/06/2025
Fazenda esclarece mudanças em fundos imobiliários e Fiagros 5h296g
Pessoas físicas arão a pagar 5% de IR a partir de 2026
- Por REDAÇÃO
- 12/06/2025
Audiência com Haddad é encerrada após tumulto entre deputados 3x1k2k
Parlamentares da oposição e do governo bateram boca
- Por REDAÇÃO
- 12/06/2025
Febraban: 82% das transações bancárias no país são feitas digitalmente 54ze
Segundo pesquisa, celulares foram responsáveis por 75% das operações
- Por REDAÇÃO
- 12/06/2025
Governo publica conjunto de medidas alternativas ao IOF; veja mudanças 506i3s
Pacote trata de apostas esportivas, aplicações e títulos